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domingo, 1 de maio de 2011

♥ micael borges ♥

       
Após 15 anos fazendo teatro no grupo Nós do Morro, chegou a vez de o carioca Micael Borges mostrar na telinha tudo o que aprendeu ao longo desse tempo. Sem falar que o gato acaba de entrar para a história da TV como o primeiro protagonista negro de Malhação. “A Globo contatou o Nós do Morro para saber se tinha alguém com o perfil que eles procuravam e chegaram a mim. Mas participei do programa Linha Direta e já fiz uma ponta em Malhação”, conta. Aos 19 anos, Micael, que é morador do Morro do Vidigal, no Rio, diz que sua vida é bem tranquila na comunidade onde vive. “Nunca tive nenhuma proposta do tráfico”, garante o ator, que já aprendeu a preservar sua vida particular ao evitar dizer se está namorando. “Estou feliz. Mas, aos 18 anos, amei muito uma menina da minha comunidade”, confessa o ator.

O que tem em comum com Luciano, seu personagem em Malhação? Assim como ele, também sou humilde e batalhador. Desde pequeno, corro atrás para ter as minhas coisas. Comprei meu apartamento, meu carro e pretendo comprar um apartamento para minha mãe. O Luciano também é assim. Ele trabalha e ganha o dinheiro dele honestamente.

Está muito nervoso por ser um dos protagonistas?
Estou ansioso, trabalhando muito. Sou muito focado e isso é uma das coisas que a gente aprende no Nós do Morro. Esperava essa oportunidade como tantos outros atores. Tinha feito o teste duas vezes para Malhação, mas só rolou agora.

Você já era fã de Malhação?
Muito! Até hoje assisto. Gostava bastante do período em que o André Marques interpretava o Mocotó (risos).

É verdade que você acha graça quando dizem que é o primeiro protagonista negro?
Sim, mas acho positivo. É que na minha família existem negros, brancos e índios. Minha mãe é branca, meu pai é negro, tenho uma irmã mulata, um irmão branco e outro irmão branco com os olhos claros. A parte indígena vem da minha bisavó. Por isso sou assim. Mas também sou negro e agora represento, com muito orgulho, esta raça.

Está preparado para a fama? Procuro não pensar nisso. Aliás, fama é uma palavra que não entra na minha cabeça. O diretor Marcos Paulo conversou com a gente e disse para tomarmos alguns cuidados, como ter disciplina, humildade... Tudo isso nos foi passado no grupo Nós do Morro. E é algo de que nunca vou esquecer.

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